Política

Bolsonaro mobilizou ministérios, estatal e militares para difundir cloroquina

Conforme Folha de S. Paulo, foi aplicada a isenção de impostos e a facilitação na circulação do produto para o país.

Para garantir a distribuição da cloroquina em todo o país, o presidente Jair Bolsonaro mobilizou ao menos cinco ministérios, uma estatal, dois conselhos da área econômica e a ainda o Exército e Aeronáutica. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, atos oficiais públicos foram adotados para fazer com que o medicamento, que não possui eficácia comprovada para tratamento do novo coronavírus, circulasse pelo Brasil.

Conforme a publicação, os Ministérios da Saúde, Defesa, Economia, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia receberam orientação técnica para usar e fornecer a substância. Além disso, foi aplicada a isenção de impostos e a facilitação na circulação do produto.

De acordo com a Saúde, foram distribuídos 5.416.510 comprimidos de cloroquina e 481.500 comprimidos de hidroxicloroquina nos estados brasileiros. A maior parte do carregamento foi enviada para Norte e Nordeste. Em uma auditoria, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou o uso ilegal de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para custear a distribuição dos medicamentos.

Ainda segundo a publicação, o Exército produziu 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina após pedidos dos Ministérios da Defesa e da Saúde. Em nota ao jornal, o Exército afirmou que o gasto com a produção foi de R$ 1,16 milhão. Ao menos nove pedidos de licitação para comprar insumos e o princípio ativo do medicamento foram feitos pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

O transporte das caixas do remédio foi feito pela Aeronáutica, principalmente para locais mais isolados, a exemplo de comunidades indígenas na fronteira com Colômbia e Venezuela. Em nota, a Força Aérea afirmou que a ordem para o envio dos remédios partiu do Ministério da Defesa, após planejamento apresentado pelo Ministério da Saúde.

Além disso, a reportagem apontou ainda uma compra de hidroxicloroquina feita pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A aquisição, conforme registros públicos, foi feita no valor de R$ 38.915. No entanto, a estatal alegou que a compra foi cancelada após “mudança no protocolo adotado, até então, pelos órgãos de saúde”.

No entanto, a EBSERH confirmou a compra de 2.570 doses, no valor de R$ 2.546,32 de hidroxicloroquina feita por dois hospitais universitários para o combate ao coronavírus no primeiro semestre de 2020.

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Bahia.ba/Foto: reprodução/redes sociais

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