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Bolsonaro deixa sede da PF após depoimento sobre suposta trama golpista

Investigadores querem saber se houve envolvimento de Bolsonaro com a reunião para tratar de um golpe de Estado denunciada pelo senador Marcos do Val.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, por volta das 16h40 desta quarta-feira (12), sobre uma suposta trama golpista durante seu governo.

Segundo o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, o depoimento durou 35 minutos. O restante do tempo serviu para releitura e correção de trechos.

Ele chegou ao prédio por volta de 13h40, o depoimento estava agendado para começar às 14h.

Os investigadores querem saber se houve envolvimento de Bolsonaro em uma reunião para tratar de uma tentativa de golpe de Estado, denunciada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

A CNN apurou que a defesa do ex-chefe do Executivo teve acesso ao inquérito na segunda-feira (10). Com isso, os advogados Fábio Wajngarten, Paulo da Cunha Bueno e Daniel Tesser passaram a se debruçar para fazer uma estratégia para as respostas.

A ideia, segundo fontes ligadas ao entorno do ex-presidente, é que Bolsonaro fale o que já vem declarando: que não participou de nenhuma trama golpista. Ele também deve explorar as contradições de Marcos do Val nas diversas versões dadas sobre o caso.

Na terça-feira (11), o advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, esteve na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e adiantou como deve ser a oitiva: “Bolsonaro não tem nenhum envolvimento”, disse.

Neste ano, Bolsonaro já foi intimado a prestar esclarecimentos sobre outras três investigações: os atentados de 8 de janeiro em Brasília; o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita; e as fraudes em registros de vacinação contra a Covid-19.

A denúncia

Em fevereiro, Marcos do Val disse que foi coagido por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) “a participar de um golpe”.

O senador contou, à época, que a proposta era gravar uma conversa dele com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que seria instigado por ele a admitir que estava extrapolando os limites constitucionais.

Com tal gravação em mãos, segundo Do Val, aliados do ex-presidente solicitariam a prisão de Moraes e a anulação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assim que o caso veio à tona, o magistrado determinou abertura de inquérito.

Marcos do Val mudou a versão da história nos dias seguintes e tentou minimizar o suposto envolvimento de Bolsonaro no episódio, alegando, inclusive, que se enganou ao dizer que havia sido coagido.

No mês passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços de Do Val. Documentos, pen drives e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para perícia.

Titular na CPMI do 8 de janeiro, Do Val pediu licença de sua vaga. Segundo o advogado dele, à CNN, o parlamentar continua afastado “se cuidando”.

CNN

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