Segundo o biólogo Sérgio Cipolotti, a aparição de baleias na costa baiana é comum neste período do ano, por ser a época de reprodução da espécie.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram uma baleia nadando na Baía de Todos-os-Santos, próximo ao Forte São Marcelo, em Salvador. O animal, avistado na última quarta-feira (16), estava próximo às embarcações. A suspeita de que ele estivesse preso em uma rede de pesca foi descartada por uma equipe do Projeto Baleia Jubarte, que esteve no local.
“Estavam especulando que poderia ser um filhote, mas pelo porte parece ser juvenil, não chegou à maturidade sexual, pode ter um ou dois anos. Não houve nenhum indício de ele estar debilitado, de estar realmente com alguma aparência de desorientação ou possível encalhe”, explicou ao Metro1 o biólogo Sérgio Cipolotti.
Segundo ele, a aparição de baleias na costa baiana é comum neste período do ano, por ser a época de reprodução da espécie. “Eles usam o nosso litoral para reprodução de junho até novembro. Eles migram da Antártica no inverno para as regiões tropicais e subtropicais. Tanto os machos vêm atrás das fêmeas férteis quanto as fêmeas vêm aqui para ter os filhotes. A gestação delas dura 11 meses, e os animais que nasceram aqui às vezes estão explorando o local”, disse.
Cipolotti destacou que os esforços do Projeto Baleia Jubarte para a preservação da espécie, incluindo a extinção da prática de caça, levaram a um expressivo aumento populacional. Hoje, até 25 mil baleias buscam a costa brasileira, número 12,5 vezes maior do que a estimativa feita em 1988, quando o projeto foi fundado. Dessa maneira, segundo o biólogo, será cada vez mais comum ver esses animais de perto. “Não deixa de ser um presente, ser agraciado com uma observação de um animal tão próximo. Mas é claro que acende uma luz amarela, eles podem sofrer algum dano, por isso é importante o monitoramento. Mas isso vai ser cada vez mais frequente, com o aumento da população”, explica.
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Metro1
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