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Audiência pública em Cachoeira debate reabertura de Canteiro de S. Roque em Maragogipe

Sessão está marcada para quinta-feira (4/4), às 19h, no Plenário da Câmara do município.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Câmara Municipal de Cachoeira, município do Recôncavo baiano, localizado a 118 quilômetros de Salvador, realizam nesta quinta-feira (4/4), às 19h, no Plenário da Câmara, uma Audiência Pública pela Revitalização do Estaleiro da Enseada do Paraguaçu e Reabertura do Canteiro de São Roque, em Maragogipe.

De acordo com Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP que atuará como facilitador durante a audiência, o Brasil tem capacidade de construir navios, sondas e plataformas aqui mesmo, em nosso país. “Há estaleiros desde o Belém do Pará até o Rio Grande do Sul, onde poderemos ter uma gigantesca geração de emprego e renda”, destaca Bacelar, lembrando que, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro houve evasão de 1 milhão e 500 mil postos de trabalho.

“Essa operação criminosa promoveu uma grande quebradeira em todo o país. Foram quebradas empresas como a Odebrecht, OAS, Camargo Correia, Queiroz Galvão, Gustavo Gutierres e outras que perderam a capacidade de atender às grandes encomendas, inclusive sendo proibidas de realizar contratos com o governo federal e com estatais”, lembra o coordenador da FUP. A Odebrecht, segundo ele, chegou a ter 700 mil trabalhadores em todo o mundo, mas acabaram perdendo seus empregos. “O Brasil deixou de arrecadar 126 bilhões de reais por causa da Operação Lava Jato e foram eliminados quatro milhões de postos de trabalho”, diz Bacelar.

“Nossa expectativa é de que saia logo o edital que a Petrobras está prestes a lançar para a construção de 38 embarcações de apoio e quatro grandes navios para a cabotagem na costa brasileira e que essas grandes empresas possam voltar a disputar essas grandes obras”, destaca. Para Bacelar, o governo anterior dificultou a vida das empresas brasileiras.

O coordenador da FUP diz que sua luta, hoje, é para que a Petrobras lance esse edital com um formato que possibilite a participação da indústria nacional, com os valores colocados em real e não em dólar e contratos com duração de seis a oito anos. “Temos mão de obra de sobra no Brasil, foram 87 mil trabalhadores que atuaram na indústria naval brasileira, desde o estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, até o estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Essas pessoas foram demitidas, assim como todos aqueles que trabalhavam no Estaleiro Enseada, em São Roque do Paraguaçu”.

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