Política

Após protestos, Rui reitera defesa da reforma previdenciária

“Vejo com naturalidade. Em uma sociedade plural, as pessoas tendem a defender aquilo que elas acham que é seu benefício”, disse.

O governador Rui Costa (PT) voltou a fazer defesa da reforma previdenciária aprovada na última sexta-feira, 31, sob fortes protestos de servidores na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O texto foi promulgado no mesmo dia e entrou em vigor no sábado, 1°, após ser publicado no Diário Oficial do Legislativo baiano.

Ao fim da solenidade de posse da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no Fórum Ruy Barbosa, o governador conversou com a imprensa e falou do contexto de necessidade da reforma. O petista também minimizou as manifestações contrárias ao texto.

“Vejo com naturalidade. Em uma sociedade plural, as pessoas tendem a defender aquilo que elas acham que é seu benefício”, disse.

Em seguida, o chefe do Executivo disse que a reforma vai promover justiça para o cidadão baiano. “Como governador, fui eleito para cuidar de 15 milhões de baianos. 92% desse povo da Bahia ganha apenas dois salários mínimos. Eu não acho, correspondendo à história da minha vida, justo sacrificar ainda mais esse povo de baixa renda”, afirmou.

De acordo com o governador, um alto valor tem sido destinado ao sustento de aposentadorias de 100 mil pessoas. “Somente esse ano vai ser R$ 4,3 bilhões de déficit da Previdência”, estimou.

Eleições em Salvador

O governador também falou das articulações para a corrida pela prefeitura de Salvador. O petista respondeu ao senador Angelo Coronel (PSD), pré-candidato que teceu críticas ao governador por este estar viabilizando o nome da major Denice Santiago para ser o nome do PT na capital.

“É natural no ambiente democrático. Quando ele foi candidato, muita gente também teceu críticas. Graças a Deus, nós superamos as críticas e fizemos os dois senadores da Bahia”, rebateu o governador.

Rui Costa não demonstrou pressa em definir as candidaturas do seu grupo em Salvador.

“Vamos trabalhar nos próximos meses, temos tempo para isso. As convenções ocorrerão em julho, até lá, todos os nomes colocados podem buscar aderência na sociedade. É o momento próprio para isso. Todos clamavam por nomes. Agora, temos os nomes com perfis diferentes. Chegou o momento de caminhar pelos becos, pelas ruas, pelas avenidas da cidade, e buscar aderência aos seus nomes. Na nossa base, pretendo ir construindo, dia após dia, até três candidaturas”, informou.

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