Eleições 2022Política

Após mais de 36 horas, Bolsonaro mantém silêncio sobre derrota

Até mesmo aliados do candidato do PL no exterior reconheceram vitória de Lula.

Após mais de 36 horas de oficializada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, na noite deste domingo, 30, Bolsonaro ainda não se pronunciou para reconhecer a derrota e parabenizar o adversário, como é o costume em todos os pleitos no Brasil e no mundo.

O silêncio se estende a todos os membros da família do presidente. Antes ativos nas redes sociais, os filhos e a primeira-dama não fizeram nenhuma publicação após as urnas revelarem prazo de validade do atual governo.

Apesar disso, muitos aliados de Bolsonaro, do Brasil e do exterior, aceitaram publicamente a derrota. Entre as lideranças estrangeiras, estão a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; a presidente da Hungria, Katalin Novak; e o presidente de Israel, Isaac Herzog.

Já no plano nacional, ainda no domingo à noite, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP), fez um pronunciamento em que cumprimentou Lula.

“Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”, disse Lira.

Pouco depois de encerrada a apuração, o ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (PL), que derrotou Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo, também anunciou a jornalistas o desejo de ter uma boa relação com a nova administração federal.

“Tenho certeza que São Paulo pode ajudar muito o Brasil, e o Brasil, obviamente, pode também ajudar São Paulo. Então, esse entendimento nós vamos buscar. E a partir do momento que houver uma convocação estaremos lá e buscaremos sempre o que é melhor para o estado de São Paulo”, destacou.

Outros aliados usaram as redes sociais. O ministro das Comunicações do governo federal, Fábio Faria, postou na sua conta no Twitter uma frase em tom de despedida.

“Você resgatou o nosso orgulho de ser brasileiro. Obrigado, Jair”, escreveu.

Eleito senador pelo União Brasil, o ex-ministro Sérgio Moro, que se reaproximou de Bolsonaro na campanha eleitoral, tentou consolar os seguidores e se colocar como oposição ao novo governo. 

“A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País. Estarei sempre do lado do que é certo! Estarei na oposição em 2023, respeitando a vontade dos paranaenses”.

A deputada federal Carla Zambelli (PL), uma das mais radicais defensoras de Bolsonaro, escreveu nas redes sociais que será “a maior oposição que Lula jamais imaginou ter”. 

A senadora eleita Damares Alves (Republicanos), ex-ministra de Bolsonaro, também usou o Twitter para comunicar que seu grupo político perdeu a eleição, mas “o amor” pelo país. 

“Bolsonaro deixará a presidência da República em janeiro de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido e amado por milhões de brasileiros”, frisou. 

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