Na oportunidade, Otto também falou sobre os casos de Ilhéus e Juazeiro, cidades onde o tensionamento entre os partidos foi mais acentuado.
Aliados de longas datas no governo da Bahia, PT e PSD protagonizaram alguns embates diretos em municípios baianos. Em 53 cidades, as duas siglas duelaram pela preferência do eleitorado e o processo para o pleito escancarou alguns pontos de conflito.
Apesar disso, o senador Otto Alencar, que também é presidente do PSD no estado, garante que a rota até a eleição estadual de 2026 não terá “sequelas” políticas atreladas ao pleito deste ano. A avaliação foi feita em entrevista ao Bahia Notícias na última sexta-feira (11).
“Não vai ficar sequela nenhuma, pelo menos comigo. Isso já aconteceu na outra eleição de 2020 e não ficou nenhuma sequela. Depois tem que sentar, conversar, ver as razões de cada um. E mensurar o que cada liderança em cada município tem de possibilidade de participação no governo. Até porque todos eles que disputaram a eleição agora ajudaram na campanha do governador Jerônimo. E na minha cabeça quem participa da campanha participa do governo. Então cada liderança dessa de cada município tem um percentual de votos que contribuiu pra a eleição do governador e Jerônimo tem consciência disso e dá o espaço a cada um, todos têm espaço no governo.”, disse.
“Mas se alguém vai se mover por mágoas, por ódios, ressentimentos, a política deixa de ser um processo de causa, de projeto, para ser um processo de ordem pessoal da natureza de cada um. Tem gente que se movimenta pelo ódio e fica escravo do ódio. Odiando o tempo todo por vários motivos. Não é o meu caso. Estou em uma causa, a do Lula a nível nacional e a causa aqui do governador Jerônimo. Eu acho que todos nós temos que pensar nisso”, acrescentou.
Na oportunidade, Otto também falou sobre os casos de Ilhéus e Juazeiro, cidades onde o tensionamento entre os partidos foi mais acentuado.
“Tivemos uma eleição em Bom Jesus da Lapa e o senador Jaques Wagner foi dar apoio ao candidato do PT, e eu fui dar apoio ao candidato do meu partido, o Eures Ribeiro. Em Ilhéus, a candidatura que foi colocada pelo prefeito [Marão] foi uma que eu inclusive conversei com ele, aconselhei que fizesse uma aliança com o PT. Era o caminho mais conveniente, ele foi prefeito duas vezes, a esposa deputada, eu orientei assim, mas ele não quis. Foi para a campanha, perdeu, e ele já absorveu a derrota”, avaliou.
“E o caso de Juazeiro o candidato é filiado ao PSD, que é o sobrinho do Isaac [Carvalho]. Como eu sou presidente do partido, ele me pediu pra ir lá no município. Lamentavelmente também ele não teve sucesso”, finalizou o senador.
Correio da Bahia
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