Alta dos juros: entenda como o aumento da Selic pode impactar o bolso dos brasileiros

O objetivo do Banco Central é conter a alta de preços desestimulando o consumo por meio do encarecimento do crédito.
O Copom anunciou o aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,25% ao ano, o maior nível desde 2016. A decisão foi motivada por incertezas econômicas e risco inflacionário, com a inflação acumulando 5,06% nos últimos 12 meses. O objetivo do Banco Central é conter a alta de preços desestimulando o consumo por meio do encarecimento do crédito.
Com a alta da Selic, o acesso ao crédito se torna mais difícil, afetando diretamente os consumidores. Empréstimos, financiamentos e cartões de crédito ficam mais caros, levando as famílias a reavaliar seus gastos e adiar compras importantes. Empresas também podem reduzir investimentos e contratações, o que pode impactar o mercado de trabalho e aumentar o desemprego.
Além disso, os juros mais altos podem agravar a inadimplência, pois renegociar dívidas se torna mais difícil. Setores como o de serviços também sentem os efeitos, já que custos operacionais sobem, pressionando os preços. No entanto, se a demanda cair muito, pode haver uma redução forçada nos valores cobrados por alguns serviços.
Os impactos da alta da Selic não são imediatos no controle da inflação, levando de 6 a 9 meses para surtirem efeito. Enquanto isso, o crédito mais caro e o consumo retraído podem gerar consequências sociais e políticas. O desafio do governo será equilibrar essas medidas sem comprometer o crescimento econômico e a confiança dos investidores.
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