Santa Casa de SAJ rebate críticas sobre atendimentos e mortes fetais e neonatais

A instituição defendeu sua atuação em casos recentes e apresentou dados para contestar as críticas sobre conduta médica.

A Santa Casa de Misericórdia de Santo Antônio de Jesus divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (16) em resposta às declarações feitas pelo senhor João Guilherme Bitencourt e pelo vereador Jorge de Dema durante a plenária da Câmara Municipal no dia 14 de abril. A instituição defendeu sua atuação em casos recentes e apresentou dados para contestar as críticas sobre sua conduta médica e os índices de óbitos registrados.
Segundo o documento, a paciente S.S.B., esposa de João Guilherme, foi devidamente acolhida desde o dia 8 de março, tendo optado por parto cesáreo. A nota afirma que, após complicações decorrentes de um íleo paralítico, a paciente recebeu atendimento contínuo por parte de diversos profissionais. A Santa Casa também nega a existência de queixas de outras pacientes, uma vez que S.S.B. esteve internada em quarto individual.
A direção informou que exames de alta complexidade foram realizados e que o esposo da paciente foi mantido informado sobre cada etapa do tratamento. A transferência para o Hospital Regional foi feita por indicação médica, após tentativa de diagnóstico e estabilização do quadro.
Sobre as declarações do vereador Jorge de Dema, a Santa Casa esclarece que os 21 óbitos fetais registrados no segundo semestre de 2024 e os 12 nos primeiros três meses de 2025 referem-se, em sua maioria, a casos em que os bebês chegaram sem batimentos cardíacos. A unidade aponta que esses óbitos decorrem da ausência de acompanhamento pré-natal adequado, responsabilidade da atenção básica nos 23 municípios pactuados e não pactuados atendidos pela unidade.
Em relação ao óbito materno citado, a Santa Casa informa que se tratava de um caso de eclâmpsia com choque hipovolêmico, sendo este um dos principais fatores de mortalidade materna no Brasil, conforme o Ministério da Saúde.
A instituição reforça a ausência de uma UTI neonatal como um desafio enfrentado há anos, e atribui a paralisação desse projeto a promessas políticas não cumpridas. No entanto, destaca que, com apoio do Rotary Club e por meio de emendas parlamentares, tem conseguido salvar vidas de recém-nascidos enquanto busca vagas em outras unidades pela regulação estadual.
Com base em dados de julho a dezembro de 2024, a Santa Casa apresentou os seguintes números:
•2.217 internações obstétricas, com zero óbitos maternos;
•1.334 nascidos vivos, com 5 óbitos neonatais (0,37%);
•1.451 partos, com 16 óbitos fetais (1,20%).
A instituição solicitou direito de resposta na Câmara de Vereadores para apresentar dados oficiais do Ministério da Saúde e reafirmou seu compromisso com a qualidade do atendimento obstétrico e neonatal, além de solidarizar-se com pacientes e familiares.
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