Política

Com Bolsonaro ‘mais populista do que nunca’, Guedes se torna ministro ‘mais fraco’, diz MK

Em comentário na Rádio Metrópole, Mário Kertész também falou sobre a importância dos programas de transferência de renda

Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (19), Mário Kertész falou sobre a mudança de comportamento do presidente Jair Bolsonaro rumo a um estilo de governo mais populista, bem como os impactos disso na área econômica. Ontem (18), o chefe do Executivo viajou a Corumbá (MS) para inaugurar a Estação Radar da Aeronáutica.

“Acho ótimo ele viajar pro interior, tomara que esse governo dele mude como ele está querendo mostrar que está mudando. Pode ser, a esperança é a última que morre. não é fácil, mas… Chega a hora lá que ele tira a máscara, manda o pessoal que foi lá ver, ‘venha cá, todo mundo, vamos participar’, ele foi participar da inauguração de um radar da Aeronáutica que já estava pronto, inclusive, para detectar aviões que voam baixo levando armas e drogas. Ele está numa fase mais populista do que nunca, e com isso faz com que o ministro Paulo Guedes seja hoje o ministro mais fraco da República. Não duvido nada que uma hora ele caia, mas o chamado mercado, bancos e grandes empresas estão dizendo ‘esse negócio não vai dar certo, essa gastança não vai dar certo’. Aí só resta a gente esperar”, pontuou.

MK também mencionou o programa Renda Brasil, que está sendo planejado para substituir o Bolsa Família, e lembrou que muitos integrantes do atual governo sempre foram contrários ao programa de transferência de renda. “A Renda Brasil, que está sendo criada aí pelo governo para inclusive incorporar o Bolsa Família, pode chegar a beneficiar 21 milhões de brasileiros com R$ 300 de ajuda. Bom, o Estado tem que dar uma ajuda para essa população que realmente não tem as condições mínimas necessárias para ter uma vida minimamente digna. O próprio presidente Bolsonaro e todos os que estão do seu lado criticavam demais o Bolsa Família, diziam que era um absurdo, que ia fazer pessoas aleijadas, que não iam querer trabalhar e usar o dinheiro todo com cachaça. Que é isso, rapaz, que falta de visão, de compaixão, de solidariedade. Agora, pela primeira vez, não foi só no governo Bolsonaro não, fica evidente para todos nós, que inclusive participamos da elite brasileira, que tem 60 milhões de invisíveis neste país, que apareceram agora. Sessenta milhões de invisíveis”, afirmou

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Metro1/ Foto : Matheus Simoni 

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