ACM Neto diz que Salvador conseguiu adiar colapso no sistema de saúde, mas risco ainda existe
“Graças à ampliação do suporte em saúde e às medidas de isolamento social, conseguimos derrubar a taxa de transmissão e o colapso não aconteceu”, disse.
O prefeito ACM Neto não descartou um colapso no sistema de saúde público, e até privado, se a disseminação do novo coronavírus não for contida na cidade. A declaração foi feita nesta sexta-feira (15).
“O colapso no sistema de saúde pública de Salvador estava previsto, pelos estudos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), para acontecer ontem, nos casos dos leitos clínicos para pacientes com a Covid-19, e, para as UTIs, no dia 20”, disse o prefeito.
“Mas, graças à ampliação do suporte em saúde e às medidas de isolamento social, conseguimos derrubar a taxa de transmissão e o colapso não aconteceu. Até o dia 24, posso dizer que não há risco de saturação. Mas ele ainda existe”, declarou.
ACM Neto também reforçou a necessidade de a população seguir com o isolamento social. O prefeito avaliou como positivas as medidas restritivas adotadas pelo município, inclusive aquelas regionalizadas por bairro, que foram mais duras.
As declarações de ACM Neto foram dadas em coletiva virtual à imprensa, na qual anunciou o começo de aulas pela internet para alunos da rede pública municipal – as escolas estão com atividades suspensas e sem previsão de retorno.
Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), 48% dos leitos clínicos e 61% dos de UTI dedicados a tratar pacientes com a Covid-19 estão ocupados na capital baiana. A prefeitura informou que criou 176 novos leitos, entre clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Decreto
ACM Neto afirmou, ainda, que na segunda-feira (18) dará uma posição sobre a prorrogação ou não dos decretos com medidas restritivas na cidade. Quase todos têm validade até este dia, inclusive os regionalizados, valendo apenas para Pituba, Plataforma, Boca do Rio e parte do Centro.
“No caso das determinações por bairro, levamos em conta fatores como o crescimento na circulação de pessoas e também dos casos da doença. E não fizemos apenas restrições: adotamos também ações de proteção à vida, com distribuição de máscaras e cestas básicas, testes rápidos para a Covid-19, higienização, apoio a entidades sociais e várias outras. E conseguimos, os dados demonstram, reduzir o fluxo de pessoas nas ruas e, com isso, a circulação do vírus”, ressaltou o prefeito.
A prefeitura informou que, no caso da Pituba, por exemplo, a redução da circulação de veículos, que estava na faixa dos 30% do total de antes da pandemia, alcançou 41% após o início das novas medidas. A queda no fluxo de passageiros foi para 70%, contra 60% da semana passada, sempre em comparação ao período anterior à pandemia.
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G1 Bahia/ Foto: Reprodução / Facebook