Supervulcão italiano pode moldar o futuro do clima global
Um dos maiores supervulcões da Europa, os Campos Flégreos, localizado na região de Nápoles, na Itália, continua a ser monitorado devido ao seu potencial destrutivo.
Um dos maiores supervulcões da Europa, os Campos Flégreos, localizado na região de Nápoles, na Itália, continua a ser monitorado devido ao seu potencial destrutivo.
Um dos maiores supervulcões da Europa, os Campos Flégreos, localizado na região de Nápoles, na Itália, continua a ser monitorado devido ao seu potencial destrutivo. Cientistas apontam que, apesar de sua aparente inatividade, a caldeira vulcânica tem apresentado sinais de movimentação desde 2005, o que desperta preocupações sobre possíveis impactos globais em caso de erupção.
Formado por um conjunto de crateras e fendas vulcânicas, o nome “Campos Flégreos” pode ser traduzido como “campos ardentes”. Este supervulcão é capaz de expelir mais de mil quilômetros cúbicos de material vulcânico em uma única erupção, incluindo lava, gases e cinzas. Entre suas atividades mais recentes, destacam-se os períodos de 1969 a 1972 e 1982 a 1984, quando o aumento de atividade vulcânica obrigou a evacuação de moradores da região de Pozzuoli, próxima à cratera principal.
A última grande erupção registrada ocorreu em 1538, mas evidências geológicas indicam que o vulcão pode ter causado impactos catastróficos muito antes disso. Há cerca de 39 mil anos, uma erupção massiva lançou magma e cinzas que foram encontradas até na Groenlândia, e estudos sugerem que o evento pode ter contribuído para a extinção dos Neandertais.
Pesquisas mais recentes, como a publicada na revista Science Advances em 2018, alertam para a possibilidade de os Campos Flégreos estarem entrando em uma fase de atividade progressiva, que poderia culminar, em algum momento futuro, em uma erupção de larga escala. Esse tipo de evento é capaz de gerar consequências climáticas globais, como o “inverno vulcânico”, causado pelo bloqueio da radiação solar devido às nuvens de cinzas. Em contrapartida, a liberação maciça de dióxido de carbono (CO2) também poderia intensificar o efeito estufa e elevar as temperaturas globais.
Apesar dos riscos teóricos, o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) ressalta que não há sinais imediatos de erupção iminente. A atividade atual do vulcão está concentrada nas suas caldeiras, que liberam gases de forma contínua, mas sem indicativos de explosões. O monitoramento constante continua sendo essencial para garantir a segurança das populações locais e entender melhor o comportamento desse gigante adormecido.
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