Estudantes do Colégio Est. Francisco da Conceição Menezes em SAJ desenvolvem biogás à base do mel e da casca do cacau
O foco é implementar usinas energéticas em fazendas do Recôncavo Baiano e fabricar o gás usando partes do fruto.
O Brasil é um dos países que mais consomem energia no mundo. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o país ocupa a 10° posição. Com o alto consumo, pensar em produzir energias renováveis se tornou pauta importante. Por isso, os alunos do Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, sob a orientação do professor Davi Barreto, desenvolveram um projeto que utiliza subprodutos do cacau para produzir biogás. O foco é implementar usinas energéticas em fazendas do Recôncavo Baiano e fabricar o gás usando partes do fruto.
O biogás é produzido através da mistura de gases derivadas da decomposição de alguma matéria orgânica. O produto pode ser usado como combustível para fogões, motores e geração de energia elétrica. No caso da proposta, os estudantes utilizaram a casca e o mel do cacau. “Nosso objetivo é estimular as fazendas cultivadoras de cacau, do Recôncavo da Bahia, para que elas também se tornem usinas energéticas sustentáveis”, diz Mariely Silva, integrante da equipe.
Os jovens observaram que a produção do cacau é alta na região do recôncavo. A partir disso, resolveram criar o projeto com o propósito de incentivar a produção de energia sustentável na localidade. “Analisamos que tínhamos um alto índice de produtividade de cacau e grande facilidade em tê-lo em mãos. Também identificamos que havia desperdício dos subprodutos. Então, pensamos no projeto Probiogás em busca de tornar as fazendas fontes energéticas sustentáveis”, destaca Mariely.
O Probiogás pode valorizar a economia local e ajudar na preservação ambiental do territorio. “A implementação da proposta pode gerar nova renda para os administradores das fazendas e irá minimizar os impactos ambientais. Além disso, proporcionar a venda de gás de cozinha por um valor mais justo e compatível para a realidade econômica local”. O projeto faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação, e teve participação na 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba). A equipe é composta por Mariely Silva, Mariana Silva, Luanna Oliveira, Tailane de Jesus, Mateus Mota Santos e Raick Borges.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação.
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