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Entidades convocam ato contra cortes na Educação; instituições baianas podem deixar de funcionar

O ato está marcado para o dia 21 de junho e é chamado de Dia Nacional de “Não aos cortes em Educação e Ciência”.

Em comunicado veiculado desde a última quarta-feira (8), nove entidades ligadas à educação convocam a sociedade para um ato contra os cortes no orçamento destinado a instituições federais de ensino e pesquisa. O ato está marcado para o dia 21 de junho e é chamado de Dia Nacional de “Não aos cortes em Educação e Ciência”.

A mobilização das entidades ocorre desde o bloqueio de 14% anunciado no dia 27 de maio. Posteriormente, passada uma semana, o governo federal recuou e desbloqueou 7,2% do recurso. No entanto, na quinta-feira (9), veio a notícia de que metade do que está bloqueado já possui um novo destino, impossibilitando assim a recuperação total da verba – expectativa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Na Bahia, a situação é crítica, principalmente, para a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e o Instituto Federal da Bahia (Ifba), que já anunciaram não ter recursos suficientes para continuar as atividades até o final do ano.

Paralisação de atividades

“Nós não temos mais onde cortar”. É assim que o reitor Fábio Josué dos Santos descreve a situação na UFRB. Com o novo bloqueio de verbas do governo federal destinadas ao Ministério da Educação (MEC), a segunda universidade federal criada no estado pode ter que parar as atividades em outubro deste ano.

O prognóstico é até um pouco mais animador que o anterior. Naquela primeira situação, com o bloqueio de 14% – total de R$ 3 bilhões – a UFRB só teria condição de funcionar até setembro. “Como nós já vínhamos de cortes sucessivos, cortar agora significa parar a universidade”, explicou Fábio Josué.

A situação é similar no Instituto Federal da Bahia (Ifba). Presente em mais de 113 cidades baianas – nas modalidades de ensino presencial e à distância -, o Ifba atende a cerca de 36 mil estudantes. Jancarlos Lapa, pró-reitor do instituto, explica que uma autarquia federal pode atrasar em até 3 meses o pagamento de contratos, o que deve ocorrer caso o bloqueio não seja revertido. “A gente recebe um recurso de custeio, que a gente paga todos os contratos, como água e luz. Geralmente, a gente tem os contratos já no início do ano e projetamos o pagamento ao longo do ano”, afirma.

Para honrar com os contratos, Jancarlos avalia que será necessário buscar recursos de uma outra forma até o mês de novembro. Qual seria essa solução, porém, ele ainda não sabe.

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Metro 1/Foto: Divulgação

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